Esperança e paz
No fim de ano, dois
momentos fortes nos reconduzem ao anseio de Esperança e de Paz. Natal e Ano
Novo, duas festas que, de certa forma, tomam conta da vida de todos os cristãos,
em todas as partes do mundo.
O nascimento de Jesus nos
aponta o infinito amor de Deus que não apenas quis morar com os homens, mas se
fez homem para nos revelar a plenitude da humanidade. O Amor se humaniza para
mostrar aos homens a essência da vida. Viver é essencialmente amar. Pois ao se
humanizar, Deus plantou, definitivamente, a fraternidade no seio da humanidade.
Somos todos irmãos. Devemos aprender a viver como irmãos, amando-nos uns aos
outros. E nessa arte de amar, somos sempre aprendizes. Por isso, o caminho
feito por Jesus, seu modo de ser e de viver, seu modo de pensar e de agir devem
ser recriados por nós de acordo com a realidade e os contextos atuais.
Celebrar o Natal muito além
de uma cerimônia na Igreja, seguida de uma ceia farta e de troca de presentes.
Celebrar o Natal é abrir-se para a arte de amar o próximo. É fazer-se próximo,
fazer-se irmão de todos, sobretudo daqueles menos favorecidos e, por isso, mais
necessitados. Jesus é o nosso Caminho.
Na medida que conseguirmos
ser mais irmãos uns dos outros, haverá também mais esperança. Conseguiremos
diminuir as distâncias, teremos maior facilidade em perdoar e nos apegaremos
menos às diferenças e mais ao que nos une. Os pontos de vista diferentes não
serão causa de divisão, mas caminho para um mútuo crescimento.
Nesta virada de ano, quando
celebramos 500 anos da Reforma Luterana, somos convidados a um esforço de
comunhão ainda maior. Somos irmãos, seguimos o mesmo Cristo, partilhamos os
mesmos desafios em nossa história. Não podemos nos dar ao capricho de que
nossas diferenças enfraqueçam a fraternidade no mundo. Não estaríamos sendo
fiéis ao Evangelho que anunciamos. Precisamos construir pontes, fortalecer a
comunhão entre os cristãos: Jesus é a nossa Verdade.
E, no primeiro dia do ano,
celebramos a fraternidade universal. Trocamos votos de felicidades,
prosperidade e paz. Esses votos, para se concretizarem, têm de ser seguidos de
atitudes de conversão, de prática de justiça, de luta contra a violência e
contra a corrupção. Bons anseios podem ser a fagulha capaz de ligar o motor da
fraternidade, mas, por si só, não constituem força capaz de mudar o mundo. O
que muda o ser humano e por isso, é capaz de mudar o mundo, são as atitudes de
amor. Não é sem motivo que aqueles que mais influenciaram o mundo,
positivamente, foram pessoas que desenvolveram a capacidade de amar. As
Igrejas, as religiões existem para fazer desabrochar no ser humano esta
capacidade. A função da religião é potencializar os homens para o amor. O que
destoa do amor, não vem de Deus... Mas Jesus, o filho de Deus, nos revela o
rosto misericordioso do Pai, nos revela a verdadeira imagem do ser humano.
Jesus é a nossa Vida. Um Natal de esperança e um Ano Novo de verdadeira paz
para todos!
Denilson Mariano
Revista O Lutador Ed. 3883 – out 2016 – www.revista.olutador.org.br
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