Animados pela
Palavra de Deus, mais de três mil participantes, entre eles, leigos e leigas,
representando as comunidades de todo o Brasil, indígenas, membros de outra
igrejas e de outras tradições religiosas, diáconos, padres, bispos e
religiosos(as), se reuniram para partilhar a fé e buscar pistas de ação diante
dos desafios do mundo urbano.
Um encontro,
organizado pela Ampliada Nacional das CEBs e pela Arquidiocese de Londrina,
tendo à sua frente Dom Geremias, e que, apesar de alguns ventos contrários,
permitiu avançar na consolidação da caminhada das CEBs no Brasil sob o lema:
“eu vi e ouvi o clamor do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7).
Um bonito
testemunho vem parte da jovem Lúcia, de Maringá, PR:“Foi motivador ver as CEBs
sendo confirmadas como sendo a porta da igreja que se abre para acolher o que
vem de fora, da rua, das favelas, das periferias, dos grandes centros, do rural
para assim sair para fora, ir a onde há sofrimento, onde há escravidão, onde a
vida esta sendo descartável para estar juntos aos movimentos, sindicatos, de
pessoas e das organizações que lutam para transformar essa triste realidade,
para transformar a sociedade que descarta, exclui e gera morte.”
A Revista O
Lutador também acompanhou este encontro de Fé e de Esperança para a Igreja do
Brasil. Embora alguns se neguem a enxergar, foi um importante momento de
comunhão eclesial, durante o evento contou-se com a presença de mais de 70
bispos. Um “kairós”, um tempo da graça de Deus apontando caminhos em meios aos
grandes desafios do mundo urbano.
Vale como
destaque a palavra final da assessoria do Pe. Vilson na miniplenária sobre a
questão da violência. Ele, depois de um momento de silêncio para um síntese
pessoal, destacou algumas observações do Papa Francisco, fruto de uma audiência
pessoal com ele. Elas são um caminho a ser seguido por toda a Igreja do Brasil:
1. O laicato
latino americano tem de assumir uma dianteira maior na vida da Igreja
latino-americana;
2. O documento
105 da CNBB tem uma linguagem bonita, mas precisa ser efetivado;
3. Levem sempre
consigo o documento Evangelho da Alegria (Evangelii Gaudium), nele está meu
coração;
4. Se os cristãos
olhassem os Evangelhos como olham o WhatsApp, as CEBs fariam uma revolução;
5. Temos de fazer
com que a classe média se desmistifique de sua alienação; As comunidades devem
acolher pessoas diferentes e favorecer sua conversão;
6. É preciso
preocupar-se com a fome no mundo e isso passa pela questão da justiça social;
7. Urge cultivar
a mística, a espiritualidade, sem ela de nada adianta a nossa luta...
E isso é pra
começo de conversa
Denilson Mariano
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